Iracema Branquinho Roncalha completa 101 anos de idade
Aniversariante mora em Santa Fé e é uma das mais idosas da cidade
* Por: Professora Elide Terezinha Roncaglia Yabushita
Filha de Luíza Inácio Ribeiro Branquinho e Sebastião Branquinho, Iracema Branquinho Roncalha nasceu no dia 15 de março de 1921 em Marcondesia, estado de São Paulo. Em 1945 casou-se com Luiz Roncalha e desta união nasceu a filha Semita. No ano de 1951 a família decidiu tentar uma nova vida no estado do Paraná, na cidade de Santa Fé, lugar da qual ouviram falar, terra vermelha, fértil e de muita promessa de desenvolvimento e riqueza.
Mas desbravar não foi fácil, os primeiros anos por aqui foram de luta e sacrifício, mas aos poucos a conquista e a realização do sonho foram acontecendo.
Iracema, sempre muito fervorosa, logo se entrosou na paróquia. Devota de Nossa Senhora Aparecida e de São Sebastião, por ocasião das festas destes santos, se encarregava de enfeitar os andores com flores para a procissão, feitas por ela mesma.
Junto com a sua mãe Luíza, devotas do Sagrado Coração de Jesus, fundou o Apostolado da Oração, na época em que Santa Fé teve o primeiro pároco, o Padre José Bedin, em 1960.
Durante toda a vida, nas primeiras sextas-feiras do mês, dia dedicado especialmente ao Sagrado Coração, lá estava Iracema na missa, com sua fita vermelha, símbolo dos apóstolos do Sagrado Coração. Junto as suas companheiras e também devotas, do qual temos 12 promessas, entre elas a de que se comungarmos durante nove primeiras sextas-feiras seguidas, não morremos no seu desagrado, nem sem recebermos os sacramentos, ou aqueles que propagarem esta devoção, terão seus nomes escritos no Sagrado Coração de Jesus e Dele nunca serão apagados.
Graças a Deus este movimento ainda continua forte em nossa cidade, com crianças, adolescentes e jovens que perceberam que é uma grande graça estar no coração de Jesus.
Leitora da vida de muitos santos, Iracema ainda recita orações e versos dedicados a estes exemplos de vida que chegaram à santidade.
No tempo em que não havia e nem se falava em floricultura por aqui, Iracema nunca deixou o altar do Senhor sem flores, pois ia de casa em casa pedir flores para enfeitar, alegrar e tornar bonitas as missas dos domingos e ocasiões especiais de demonstrar a fé, não só dela, mas de toda comunidade católica desta paróquia.
Isso tudo sem contar tantos afilhados de batismo, crisma e casamento que Iracema e o esposo Luiz tiveram por serem tão queridos.
Com muita alegria, a filha Semita, os familiares e amigos, louvam a Deus, agradecem e brindam esta vida longa e abençoada.
