Dr. Léo Augusto Vinci é graduado em medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Possui residência em CLÍNICA MÉDICA e residência e CARDIOLOGIA (pela Universidade Estadual de Londrina – UEL). Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Especialização em GERIATRIA pelo Hospital Sírio-Libanês-SP. Pós-graduado em MEDICINA INTENSIVA PARA ADULTOS pelo Hospital Sírio Libanês-SP.

Medicina baseada em evidências

Por: Dr. Léo Augusto da Silva Vinci – Cardiologista

Por definição a atividade da medicina é considerada uma ciência biológica. Na prática, contudo,ao atendermos um paciente devemos também nos valerde conhecimentos das áreas das ciências humanas, sociais e exatas.

Independente da especialidade de atuação, por muitas vezes lidamos com as manifestações mais profundas do psiquismo, com a fragilidade do ser humano e com a insegurança do paciente frente a uma doença.

Além disso, a interpretação e a investigação de uma determinada queixa, bem como a prescrição de tratamentos, devem ser embasadas em conhecimentos técnicos atualizados no melhor grau de evidência científica, obtidos a partir de estudos relacionados a questão clínica de interesse. A isso chamamos de “MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS”.

Em uma consulta médica, por exemplo, a prescrição de uma determinada medicação resulta previamente de um conhecimento amplo de estudos que norteiam qual a melhor conduta a tomar.

Especificamente em relação à cardiologia, que lida com as doenças de maior morbidade e mortalidade no mundo, o rigor técnico e a atualização científica são fundamentais para a obtenção de melhores resultados com os pacientes. Ao prescrevermos uma medicação ou ao indicarmos um tratamento lançamos mão da “MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS” que conduz ao que há de melhor para promover maior qualidade de vida e reduzir a mortalidade inerente às doenças.

Por outro lado, não obstante a importância do rigor técnico-científico baseado em EVIDÊNCIAS CLÍNICAS (ciência exata e ciência biológica), a prática clínica requer atenção e cuidado individualizado e personalizado ao paciente, considerando o seu subjetivismo emocional, e valorizando o seu contexto social, seus desejos e expectativas (ciência humana e social).

Talvez você já tenho ouvido a expressão: “Medicina é uma arte”. Sem dúvida, mesclar conhecimentos das áreas biológicas, exatas, humanas e sociais, mantendo o rigor técnico-científico, exige sensibilidade e humanização por parte do médico, fazendo da profissão uma arte em benefício do paciente.